quinta-feira, 19 de março de 2015

Texto de Bruna Corrêa



Não tenho vergonha de admitir que tenho muitos vícios – eles foram se acumulando com os anos e de alguns não consigo me livrar. Dentre esses, o que me ocupa mais tempo de vida útil é definitivamente o vício por cultura e conhecimento pop – poucas coisas me dão mais prazer que ficar horas olhando sites de conteúdo aparentemente inútil. 
Portanto, estava lá eu fazendo minha checagem diária no feed do site Omelete quando uma reportagem me chama a atenção. Aqui você pode vê-la na íntegra, mas se trata basicamente de uma capa ultra-provocativa da Spider-Woman, heroína da Marvel Comics, cujo teor sexual foi altamente criticado pelos leitores. Uma semana depois a editora emitiu um pedido oficial de desculpas, defendendo-se com o argumento de que parte de suas HQs e o staff da própria empresa eram compostos por mulheres e que portanto não se considerava machista (mas vamos combinar que ninguém se “considera” machista, né?).

Depois de tanta polêmica, foi um espanto descobrir que eu não achava nada “demais” nessa capa especial. Pensando um pouco mais, cheguei à conclusão que o problema não era exatamente eu – e sim os anos de exposição à esse tipo de material nas HQs e desenhos de quadrinhos dos estúdios Marvel e DC Comics.

terça-feira, 17 de março de 2015

Texto de Nina Lavezzo de Carvalho

Sempre me pareceu normal contabilizar sexo. Talvez por influência dos filmes ou da realidade social, a ideia de ser "mais maneiro" porque "traçou uma mina" me parecia ser vencida por mim quando eu mesma compartilhava o número de vezes que eu, mulher, havia "traçado" um cara. Orgulho pessoal por achar sexo algo natural e bom ou influência da cultura hegemônica ou ambos, seja como for, fato é que o número de camisinhas gastas me parecia um modo sensato de contar quantas vezes as pessoas faziam sexo. Até o momento peculiar, breve, mas importantíssimo, em que minha amiga perguntou "por que vocês contam as vezes que vocês transam pelo número de vezes que o cara goza? Não é como se ejacular fosse mais importante que termos um orgasmo, então por que vocês fazem isso?". Por quê? E por que eu não era a única a fazer isso? Por que a grande maioria das pessoas que contabilizam esse tipo de coisa o fazem em função da ejaculação? E mais importante ainda: por que eu nunca tinha sequer pensado sobre aquilo até aquele exato momento? Depois daquela pergunta, minha percepção sobre sexo e sexualidade nunca mais foi a mesma e é exatamente por isso que decidi começar esse texto por ela, questionando vocês, caso nunca tenham pensado nisso antes. Depois daquela pergunta que mudou minha vida, a minha percepção sobre sexo e sexualidade nunca foi a mesma. E é aqui, questionando vocês, caso nunca tenham pensado nisso antes, que começo a nossa pequena discussão sobre o orgasmo feminino, sua construção social e os tabus que o envolvem.



segunda-feira, 16 de março de 2015
Texto de Helena Siqueira


Com o feminismo começando a adquirir um espaço na minha vida, eu confesso que tenho amado os diálogos e experiências cotidianas sob a ótica dos meus aprendizados recentes no que diz respeito a esse movimento, que antes nada mais seriam do que simples conversas, simples experiências e também as simples agressões machistas e diárias que antes eu não teria senso crítico para notar. 
Mas com esses novos aprendizados surgem também grandes dúvidas acerca de como lidar com as problemáticas do que é ser mulher, e a partir desse breve relato tentarei explicar qual a razão por trás do tema de hoje.

sábado, 14 de março de 2015
Texto de Rafael Libaneo



Quando se fala em esporte, logo se tem a imagem do homem como protagonista.
Futebol, vôlei, basquete etc etc etc...
Todos esses esportes possuem suas copas do mundo femininas mas, na realidade, pouca gente conhece.
Quantas pessoas você ja viu na rua com a camisa da seleção brasileira de futebol, mas no lugar de fulano (insira aqui um nome de um jogador famoso), Marta?
Pois é, raramente se vê isso. Eu particularmente nunca vi. 
Mas calma, antes disso, quero deixar claro que não vou falar somente da entrada das mulheres nos esportes, mas das muçulmanas. 

terça-feira, 10 de março de 2015

Texto de Rafael Libaneo 

Escrever para uma página sobre o feminismo, acompanhado por colegas que escrevem de forma incrível é no mínimo assustador. Calma, vou me explicar.
Ouvi incontáveis vezes que homem não deveria protagonizar nem mesmo falar sobre feminismo, cabe somente as mulheres e é isso aí. Entendo isso. Não sofro da metade das coisas que as mulheres sofrem pelo simples fato de eu ser homem, mas cá estou eu, que também luto pela igualdade entre todos.
Pensei em vários temas dos quais poderia escrever um post interessante. Mas novamente me deparei com algumas barreiras societais. Mas e aí, Rafael, você vai falar do quê, rapaz?
Lendo, lendo e lendo várias coisas na internet, me deparei com o termo MENINIST. Fiquei curioso e fui procurar ver do que se tratava.

domingo, 8 de março de 2015
Texto de Maria Carolinna Camilo

Durante muito tempo nunca havia me perguntado de onde vêm as datas comemorativas como o dia dos pais, das mãe, dos namorados, das crianças, da mulher. Na minha opinião sempre foram datas banalizadas por um sistema que visa apenas lucro em qualquer oportunidade, datas comerciais, com o intuito de fazer as pessoas comprarem. Por ser contra esse tipo de dia, e gostando muito de dar presentes, sempre fiz meus próprios presentes, coisas feitas de coração, que realmente expressassem o meu amor.

Desde os quatro anos, quando eu entrei na escola, o dia da mulher significa pra mim um dia de ganhar cartões elogiando minha feminilidade, com bombons e pirulitos, a parte que realmente me interessava, e tinha que levar os mesmos cartões para minha mãe, cortesias da escola. Coisas do tipo:


quarta-feira, 4 de março de 2015
Texto Maria Carolinna Camilo 




Quando o Bolsonaro resolver dizer (fazer mais uma vez um de seus discursos infelizes ) que era injusto homens e mulheres receberem o mesmo salário porque as mulheres engravidam, a internet parou para comentar como esse discurso era absurdo. Por outro lado, muitas das mesmas pessoas compartilharam pelo facebook a foto de uma gestante na Sapucaí seguida pelo discurso de ódio “samba o carnaval todo e depois quer fila preferencial”. O que as pessoas não entendem é que ambos significam a mesma coisa, ambos os casos demonstram um tipo de punição à mulher que fica grávida. Ao mesmo tempo que a sociedade exige que a mulher engravide, e critica mulheres que não querem ter filhos, ela também julga e coloca a gravidez em um parâmetro de castigo, como se dissessem “abriu as pernas, agora aguenta”. É o mesmo tipo de pensamento que oprime e obriga a mulher a ter um filho não desejado, lhe tirando o livre arbítrio, e não lhe dando direito do aborto. O que para alguns pode parecer, ou ser justificado como uma “piada” ou “brincadeirinha”, na verdade é um discurso carregado de ódio, machismo e indelicadezas.
terça-feira, 3 de março de 2015
Texto de Bruna Corrêa


      Miley Cyrus é sem dúvida uma das celebridades que causam mais polêmicas atualmente. Antes uma estrela teen contratada pela Disney, a garota cortou seus vínculos com a empresa e começou uma nova fase de sua vida, ao cortar o cabelo e começar uma nova linha de músicas que são o extremo oposto do que ela era. Em 2013, a artista mudou seu visual e lançou o clipe de We Can’t Stop, chocando o mundo inteiro e ao mesmo tempo fazendo muito sucesso. A partir daí ela foi cada vez mais adotando um estilo diferente do usual: começou a fazer fotos nua e admitindo que fumava maconha em todas as redes. 
segunda-feira, 2 de março de 2015
Texto de Nina Lavezzo.

O Agora É Tarde, apresentado por Rafinha Bastos, na TV Band, recebeu o ex-ator pornô Alexandre Frota, no programa exibido na quarta-feira, 25/02. Até aí, sem problemas, até o momento que, com naturalidade, Alexandre Frota relata um caso de estupro. Não qualquer caso: um estupro do qual ele foi o autor e cuja vítima era uma mãe de santo, a qual "dava pra ver pelas canelas que ela era boa". Sem nenhum choque, a platéia segue rindo do causo, com o incentivo constante do apresentador, que, ao fim da história (que termina, aliás, com a vítima desmaiada e sem nenhum auxílio aparente a ser prestado) pede aplausos ao autor do crime. Nada demais: só mais um dia disseminando a cultura do estupro e o racismo na televisão brasileira.

                                                                Vídeo aqui ou no final do post

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